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PE 018/2025 – Realização de pesquisa de caracterização de demanda turística – fase 02

Valor Total do Projeto

R$ 39.000,00

Valor do apoio do Fundo IGUAÇU

R$ 39.000,00

Natureza do Responsável

Ações de pesquisa, estudo e capacitação

PROPONENTE

Fundação Parque Tecnológico Itaipu – Brasil (Itaipu Parquetec)

LOCAL

Foz do Iguaçu

Valor Total do Projeto

R$ 44.000,00

Valor do apoio do Fundo IGUAÇU

R$ 44.000,00

Natureza do Responsável

Ações de pesquisa, estudo e capacitação

PROPONENTE

Itaipu Parquetec

LOCAL

Foz do Iguaçu

Objetivos

  • Geral: Compreender o perfil dos turistas e excursionistas que visitam Foz do Iguaçu, por meio da coleta e análise de dados sobre comportamento, motivações, gastos e satisfação.

  • Específicos:

    1. Desenvolver e aplicar questionário bilíngue a turistas e excursionistas nacionais e internacionais.

    2. Coletar no mínimo 625 questionários válidos por etapa.

    3. Tabular e analisar os dados, gerando relatórios interpretativos e infográficos.

    4. Fornecer subsídios técnicos para decisões estratégicas do setor público e privado.

  • Público-Alvo

    • Turistas: visitantes maiores de 18 anos, residentes a mais de 100 km, que permaneçam de 24h a 365 dias.

    • Excursionistas: visitantes que permaneçam ao menos 3 horas, residentes a mais de 100 km.

Contexto e Justificativa

A pesquisa dá continuidade ao levantamento iniciado em dezembro/2024 e janeiro/2025, que atualizou os dados de demanda após um hiato desde 2011/2012.
A proposta visa institucionalizar a coleta regular de dados turísticos, abrangendo diferentes sazonalidades — com novas coletas previstas para julho (alta temporada) e setembro (baixa temporada) de 2025.

A atualização contínua das informações é essencial para orientar políticas públicas, investimentos em infraestrutura, ações promocionais e estratégias de posicionamento do destino. O projeto é coordenado pelo Itaipu Parquetec, que dispõe de equipe técnica, tablets e estrutura operacional.

data de aprovação

data de contratação

data de conclusão

*Prazo de utilização

aprovação

contratação

conclusão

Resultados Esperados

  • Atualização da base de dados primária de demanda turística do destino;

  • Elaboração de indicadores para a Gestão Integrada do Turismo (GIT);

  • Subsídios técnicos para campanhas de marketing e promoção internacional;

  • Ferramentas de análise para atração de investimentos, eventos e novas rotas aéreas;

  • Apoio direto à formulação de políticas públicas e decisões estratégicas do trade turístico.

O projeto é uma continuidade de uma pesquisa de demanda turística realizada com sucesso entre dezembro de 2024 e
janeiro de 2025 pelo mesmo proponente, Itaipu Parquetec, em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo de Foz do
Iguaçu. Isso demonstra um histórico de sucesso e um alinhamento prévio entre as instituições envolvidas, o que pode facilitar a execução e garantir a qualidade dos resultados. A última pesquisa de demanda turística no município ocorreu entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, após um longo intervalo desde 2011/2012, o que reforça a necessidade de institucionalizar a coleta de dados primários de forma continua e regular. A demanda turística é dinâmica e sensível a fatores internos e externos, e as coletas em alta e baixa temporadas permitirão capturar essas nuances.

CONCLUSÃO
Os resultados da pesquisa apontam as considerações parciais, correspondentes à segunda fase de coleta, das três aplicadas até a metade de janeiro de 2025.
A segunda etapa da pesquisa demonstrou algumas diferenças significativas em relação à primeira. Com relação ao perfil do turista, o sexo masculino ainda aparece como predominante, mas com um equilíbrio em relação ao sexo feminino, com uma pequena diferença percentual. A faixa etária segue sendo de 32 a 50 anos, bem como a maioria possui ensino superior completo, e a renda média individual de R$9.234, sendo R$1.266 a menos que a média da primeira etapa.
A maioria dos turistas em Foz do Iguaçu é de origem brasileira (81%), e em seguida, destacam-se os argentinos (14%), e os paraguaios (2%), reforçando a predominância do público da América Latina, que responde por 97% dos turistas desta etapa. Além disso, há uma diversidade significativa de visitantes provenientes de outros países, totalizando turistas de diversos continentes. Embora representem uma parcela menor (3%), essa diversidade é um indicador da capacidade do
destino de atrair visitantes de mercados internacionais.
Os resultados desta fase apontaram que a maior parte dos turistas são oriundos do Paraná e de estados próximos, como São Paulo e Santa Catarina, o que reforça também nesta etapa da pesquisa que a proximidade geográfica exerce influência na escolha do destino.
Com relação à motivação de viagem, a busca pelo lazer e férias continuou tendo o maior percentual, aumentando de 48% para 66% nesta etapa, o que indica que a sazonalidade contribui significativamente para o aumento no fluxo de turistas na cidade, com a chegada do período de férias. Nesse sentido, houve uma queda significativa dos turistas a negócios, que foi 21% na primeira fase e apenas 6% nesta segunda etapa.
Em relação ao tempo de permanência em Foz do Iguaçu, 84% dos turistas pernoitaram na cidade, com uma média de 3,62 noites, um pouco menor que a primeira etapa, que foi de 3,66 noites.
O meio de transporte mais utilizado para a chegada no destino segue sendo o avião (46%), seguido de carro próprio (35%) e ônibus de linha (15%). É crucial ressaltar que, conforme apontado na fase 1, o posto de fiscalização da BR-277 foi excluído devido à impossibilidade de filtrar os turistas. Essa restrição foi imposta pelos agentes rodoviários federais, visando garantir a fiscalização dos veículos. A exclusão do posto da BR-277, principal via de acesso para turistas que chegam de carro,
teve um impacto significativo na coleta de dados e, consequentemente, na representatividade do percentual de turistas que utilizam carro próprio como meio de transporte. A escolha do meio de hospedagem, assim como na primeira etapa, foram os hotéis, prevalecendo a preferência dos turistas. O levantamento dos atrativos mais visitados na ordem foram,
respectivamente: Cataratas brasileiras, Comércio paraguaio, Parque das Aves, Marco das Três Fronteiras, Complexo Turístico Itaipu e Comércio argentino. As cataratas brasileiras seguem sendo o maior atrativo visitado. O destaque do comércio argentino aparece por meio de 22,66% dos pesquisados.
Vale ater atenção aos 115 respondentes que não visitaram os atrativos turísticos. Desses, 32 eram visitantes de primeira viagem, que pode ser explicado por motivos como visita a amigos e familiares, restrições financeiras, falta de planejamento ou informação, pouco tempo disponível, dentre outros. Os 83 turistas que já conheciam Foz do Iguaçu e não visitaram atrativos, podem ter sido influenciados pela falta de divulgação de novas atrações, preferência por atividades nos meios de hospedagem ou sensibilidade aos preços das atrações. Ambos os casos demandam investigações mais aprofundadas.
Em relação aos gastos médios diários, em reais, o maior gasto é com hospedagem, seguido pelos gastos em compras no Paraguai e, em sequência, pelas compras em Puerto Iguazú, indicando que o gasto em compras é expressivamente alto. Quando analisado o valor médio gasto em dólares, o maior gasto é com compras no Paraguai, seguido por hospedagem e atrações turísticas. Os valores médios gastos em pesos foram identificados em apenas três itens: hospedagem (100 mil pesos),
atrações turísticas e compras em Puerto Iguazú (ambos com 200 mil pesos). Nesta etapa da pesquisa, também foram registrados gastos em euros, sendo que maior gasto foi com hospedagem (75 euros), seguido de atrações turísticas e transporte (45 euros cada), e, por fim, compras em Foz do Iguaçu (35 euros). Com relação a acessibilidade, o perfil dos turistas que visitam
Foz do Iguaçu revela que 3% possuem limitações físicas ou sensoriais. A avaliação dos equipamentos de acessibilidade da cidade apontou aspectos positivos, como o preparo dos funcionários, sinalização clara, infraestrutura adaptada em hospedagens (nota 4.7), e opções de lazer e entretenimento (nota 4.33). A experiência geral de inclusão foi avaliada como positiva (nota 4.07), mas melhorias ainda são necessárias, especialmente em transporte acessível, banheiros públicos (nota 3.2),
e informações turísticas em áudio ou braile (nota 3.0).

Conclusão
Apesar dos resultados consideravelmente positivos, os dados apresentam oportunidades de melhorias através da implementação de estratégias de inclusão, que visem garantir uma experiência turísticas positiva nos quesitos mais básicos como a infraestruturas de espaços públicos, bem como o acesso das informações para pessoas com limitações. O reconhecimento do destino como acessível possibilita uma experiência mais satisfatória para o turista, destaque no cenário turístico, aumento de sua competitividade, sustentabilidade, além de construir um posicionamento de respeito, inclusão, equidade e acolhimento. No geral, os níveis de satisfação em Foz do Iguaçu são elevados, com intenção de retorno, satisfação geral e recomendação recebendo média de 4.88 na escala Likert. O principal motivo para retorno ao destino são seus atrativos turísticos (83,05%), seguidos por compras (33,68%) e visita a amigos e parentes (11,44%). Em detrimento, quando questionados em relação ao principal motivo para não retornar a Foz do Iguaçu, a preferência por explorar outros destinos (55%), seguido pelos preços elevados (22%) e a distância (15%) foram apontados como os fatores preponderantes. A baixa oferta de voos também foi apontada (6%), mas as recentes melhorias no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, que duplicaram sua capacidade, podem reduzir esse problema, desde que os preços das passagens aéreas sejam competitivos. Faz-se necessário, igualmente, considerar o contínuo fomento ao turismo regional, aproveitando a proximidade com estados vizinhos, além de países como Paraguai e Argentina, com reforço ao modal rodoviário para ampliar a acessibilidade ao destino.
Observou-se alterações significativas no perfil e nas percepções dos turistas em Foz do Iguaçu entre as etapas avaliadas. Durante o período de férias, ocorreu um aumento no fluxo de turistas a lazer e uma redução nos visitantes de negócios, destacando a relevância da motivação de lazer e férias no destino.
Os fatores de acessibilidade também foram apontados como áreas que necessitam de melhorias, sendo essenciais para prolongar a permanência, aumentar o gasto médio dos visitantes e promover inclusão e equidade no turismo. Um ponto relevante a ser considerado, é em relação a preferência dos turistas em organizar suas viagens de forma independente, reforçando a importância de oferecer informações acessíveis e claras para facilitar essa experiência. A melhoria acerca destes
aspectos, em relação a acessibilidade, ampliação de atrativos e melhor comunicação de informações, é fundamental para fortalecer a competitividade de Foz do Iguaçu como destino turístico.
Para a última etapa, pretende-se obter informações para compreender, de maneira mais assertiva e consistente o comportamento, satisfação, taxa de visitação, preferência e outras características de consumo durante as férias de janeiro de 2025.
Ao final das etapas, pretende-se obter um panorama mais preciso para o delineamento de estratégias que fortaleçam o potencial competitivo do destino, com foco na melhoria da infraestrutura, acessibilidade, tempo de permanência e desenvolvimento de inovações para manutenção do turismo de forma responsável e sustentável.